O Bajutsu é a arte da equitação de guerra. O antigo bushi das altas patentes era, por definição, o “guerreiro montado”, que ia para as batalhas à frente das tropas. Ele, portanto, dominava a arte da equitação na época feudal, tal como indicam as peças de montaria de ferro e bronze encontradas nos dolmens japoneses.

Mesmo
nos períodos mais remotos, a casa do bushi (isto é, a residência central do
clã ao qual ele pertencia) incluía grandes estábulos e áreas externas onde
os cavalos eram mantidos e treinados, mas não há como apontar exatamente onde
e quando o cavalo foi introduzido no Japão.

Era
basicamente a mesma armadura que ele usava quando a pé, com a adição de
certos itens, como o colete peculiar (horo), caneleiras (sune-ate), e protetores
de coxas (haidate), para compensar a desvantagem de estar em posição elevada
e, conseqüentemente, tornar-se alvo fácil para as espadas inimigas durante a
batalha.
Ao
contrário das montarias dos cavaleiros europeus da Idade Média, o cavalo do
bushi não era vestido com uma armadura pesada. Sua cabeça era protegida com
uma máscara de ferro, aço ou couro, moldada em seu formato ou representando
monstros míticos. A armadura do corpo do animal era composta por pequenas lâminas
de couro costuradas sobre um tecido. Acrescia-se a sela, estribos, rédeas e
freio, que ajudavam o cavaleiro a controlar sua montaria.

Os
cavaleiros empregavam todas as técnicas do Bujutsu para a situação montada. A
arquearia eqüestre, por exemplo, era uma sub-especialização do Kyujutsu
altamente desenvolvida. Foram desenvolvidas técnicas especiais de espada, lança
e até mesmo de combate desarmado contra um indivíduo montado. Até mesmo os
cavalos eram atacados sem misericórdia, para que o cavaleiro viesse ao chão.
O
uso do cavalo nas batalhas deixou de ser um fator determinante no Japão antes
mesmo que na Europa. Os altos custos de manutenção dos cavalos e o relevo
geográfico do arquipélago nipônico, repleto de montanhas, não favoreceram o
desenvolvimento de uma grande cavalaria de guerra, como era comum na Ásia
Central, Europa e Oriente Médio. Após a Era Moderna, o Bajutsu praticamente
desapareceu.
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