01/11/2013

The Science of Aiki Part I: The Phisics


Em referência clara ao best seller "O Tao da Física" de Fritjof Capra, no qual o físico traça um paralelo entre conceitos físicos modernos e o pensamento filosófico oriental, foi tomada a direção contrária e o Aikido será abordado em uma série de posts com um aspecto mais científico


A seara escolhida foi a Mecânica Analítica, pois seu objeto de estudo é o movimento, tanto na Dinâmica (que considera as causas do movimento) como na Cinemática (desconsiderando as causas). Levando-se em conta as grandezas Força e Energia, pode-se partir do pressuposto de que as técnicas do Aikido são uma recondução da energia cinética liberada pelo movimento de ataque do uke. Uma vez considerado isso, há uma extensa lista de detalhes para que não haja geração de força contrária à força do movimento, como postura, distância, velocidade, correta movimentação e respiração, e a não-resistência à força. É exatamente aí que entra a importância da repetição dos exercícios e das técnicas, já que os detalhes variam para os praticantes. Afinal todos possuem alturas diferentes, energia potencial diferente, energia cinética diferente, maneiras de atacar diferentes e não obstante, reações diferentes. Em seu livro, o Sensei Wagner Bull ressalta:



"Os movimentos do Aikido aproveitam a energia cinética, potencializando o efeito das técnicas quando o praticante sabe se mover corretamente, sendo esta competência um das grandes segredos do poder marcial do aikido" (BULL, W.J. Aikido: O caminho da Sabedoria - A Teoria. Pensamento, 2003. p.256)



"(...) no vazio existe energia, bem como no cheio. Quando esta se manifesta saindo da forma potencial para a cinética, provoca a polarização e daí todos os fenômenos.(...)" (BULL, W.J. Aikido: O caminho da Sabedoria - A Teoria. Pensamento, 2003. p.274)



A harmonização entre a energia da força e a sua conseguinte recondução por parte do tori / nage é a razão da filosofia de O-Sensei Morihei Ueshiba. Para um aikidoísta, aquele ponto entre ele e o atacante, aquela fração de segundo para se harmonizar com o uke é o que precisa para executar toda árvore elementar de detalhes. Mal comparando, seria como redirecionar um torpedo ou um míssil em plena trajetória, reorganizando seu trajeto e impacto. Quanto maior a força, mais fluida fica a técnica e maior é a incredulidade, já que estamos reconduzindo uma atitude hostil a bel-prazer sem força contrária. Em uma tempestade, uma palmeira não quebra simplesmente. Isso seria sucumbir à energia cinética gerada pela força da tempestade. Ela simplesmente se dobra a favor da força até um pouco antes de seu ponto de ruptura enquanto não há variação de direção-sentido da força. E após a tempestade, ela retorna ao seu ponto inicial. Ao invés de resistir à força e ao impacto, o aikidoca reconduz a energia. Não há traumas. A harmonia ocorre. O tori sabe. E, principalmente, o uke sabe.

Parte II: A Matemática do Aiki, clique aqui
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/

http://books.google.com.br/books?id=C6SbwARnPzgC&pg=PA274&lpg=PA274&dq=Aikido:+O+caminho+da+Sabedoria+-+A+Teoria+274&source=bl&ots=4SJY8pEMxy&sig=NA3CzhuOYgPeASVZzJgDoApcRIY&hl=pt-BR&sa=X&ei=8MdzUs7oGZTpkAfOzICABA&ved=0CDQQ6AEwAQ#v=onepage&q=Aikido%3A%20O%20caminho%20da%20Sabedoria%20-%20A%20Teoria%20274&f=false

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