24/12/2013

Boas Festas

Em nome da Facerj Aikido Vila da Penha desejamos a todos um Natal repleto de PAZ e um Ano Novo cheio de realizações e conquistas.

Domo Arigato

19/12/2013

Exame de Faixa 14/12/13

"Quando surgirem os obstáculos, mude a sua direção para alcançar a sua meta, mas não a decisão de chegar lá." (autor desconhecido)

"Um homem de verdade é aquele que conquista seus objetivos e metas através do seu próprio esforço e dedicação." (Rahvok)

"A realização não vem com a conquista dos objetivos traçados, mas sim no caminho percorrido até alcançá-lo."

Para ver as fotos do exame clique no link abaixo

17/12/2013

大小 (Daisho) vs 忍者刀 (Ninja-tō)





Daisho é o conjunto de espadas oficiais de um Samurai. Ninja-tō é a arma mais eficaz do Shinobi. Nada melhor do que expor as classes mais significativas da sociedade japonesa durante o período feudal para culminar com a comparação de suas armas mais icônicas.

O Samurai era o mais alto cargo militarista da aristrocracia japonesa durante o xogunato. As grandes características do Samurai eram a Honra, a Lealdade e a Disciplina. Antes um mero recolhedor de impostos, sua importância foi aumentando até serem incorporados militarmente nos feudos japoneses e a partir daí criaram sua própria cultura.


Um excelente exemplo da Lealdade e da Disciplina do Samurai é a construção de todo um conjunto de técnicas chamado Suwari Waza. Técnicas aplicadas de joelhos, foi a maneira encontrada para proteger o imperador sem deixar a reverência de lado; afinal, todoa no mesmo recinto do mesmo deveriam  ficar de joelhos.



Nos modelos da sociedade espartana, os samurais eram lapidados desde crianças no chamado Bushido (o Caminho do Guerreiro) em diversas artes, pois antes de tudo, os Samurais eram amantes das Artes. Treinando mente, corpo e espírito, os Samurais estudavam incansavelmente diversas Artes, como o Shodo (Caligrafia), Ikebana (Arranjos de Flores) e Sadō (Ato transformado em Ritual de Servir o chá), alem de reorganizar e aperfeiçoar o Taijutsu (Artes Marciais Corporais Antigas) no chamado Kobudo das Artes Marciais, como:


  • Kyujutsu (Arco e Flecha),
  • Bojutsu (Bastão),
  • Sojutsu (Lança),
  • Iaijutsu e Kenjutsu (Desembainhar e Lutar com Espadas),
  • Teppo Jutsu (Armas de Fogo) e
  • Jujutsu (Combate Corpo a Corpo)



À medida que foram reconhecidos em nobreza de caráter com um rígido código de ética, os samurais passaram a ter certos privilégios, dentre eles serem os únicos a terem porte de armas ou até mesmo executar com sua Katana qualquer uma das classes abaixo deles caso houvesse um ato de desrespeito, direito adquirido por lei chamado kirisute gomen. A máxima representação do seu porte de armas era a ostentação do seu Daisho,  um exímio conjunto de Katana, sabre feito de lâmina curva com aproximadamente 60 cm, e Wakizashi, sabre de lâmina mais curta (40cm). Katana é a espada própria de uma luta. Wakizashi seria uma espada menor, usada para fins cotidianos como o corte dos hoje famosos makimonos à época carregados pelos guerreiros como grandes enrolados de ração para a guerra, ou ainda para rituais como o famoso seppuku ou harakiri. Ainda opcional é o Tantō, que seria um punhal, conforme visto acima nos bonitos Daisho vermelho e preto






Toda uma cultura foi desenvolvida dada a importância da Katana. Iaido e Kendo são exemplos da reverência e busca pela evolução, sendo as duas baseadas no manejo do sabre icônico. Samurais davam nomes e personalidade à suas espadas, reconhecendo-as como parte integrante do seu conjunto alma-espírito. O grande Miyamoto Musashi desenvolveu sua própria técnica de combate utilizando todo o Daisho e às vezes substituindo uma das duas por um remo de barco ou galho de árvore (o Niten ichi-ryū).










Ninja-tō é a arma mais eficaz do Ninjutsu. É uma espada de lâmina reta de um corte apenas. A bainha ou Saya fica localizada nas costas do portador para propiciar um corte frontal devido à configuração reta da lâmina, ao contrário da Katana que fica à lateral do portador devido à sua lâmina curva. Ninja-tõ é menor que Katana e os Ninjas a viam apenas como um meio para chegar a um fim, ou seja, sobrevivência ou assassinato. As espadas ninja são menores e mais fáceis de manobrar, sendo indicadas para combates em terreno de área reduzida. Sendo forjadas a partir de materiais menos nobres que os da Katana, eram facilmente descartadas em batalha.



A cultura Shinobi ou Ninja deriva de camponeses, mercenários e espiões contratados a fim de se saber ou desestabilizar um feudo (ou Daimyo). Por se valer de técnicas secretas e por se prevalecer na furtividade, o ninja é tema de histórias sobre lendas e mitos, onde a separação dos dois é difícil. Entre suas funções destacam-se a espionagem, a sabotagem, a infiltração e, por muitas vezes o assassinato. Para tais fins, armas e artes foram desenvolvidas com o intuito de provocar o logro, tornando-se disciplinas do shinobi. Dentre elas destacam-se o manuseio de explosivos (Kayakujutsu), a maestria em camuflagem e disfarces (Hensōjutsu), táticas de espionagem (Chōhō) e estratégia militar (Bõryaku), evasão nos mais variados níveis (Intonjutsu), bem como introdução a conceitos pioneiros como meteorologia (Tenmon), geografia de terrenos (Chi-mon) e prática aquática visando sempre a furtividade (Sui-ren). 



Obviamente, artes marciais de luta foram desenvolvidas levando-se em conta o biotipo e , bem como função dos ninjas, tais como o Taijutsu adaptado, o Kenjutsu a partir do Ninja-tō  e manuseio de Shurikens, bastão longo, lança e a alabarda ninja ou Naginata. Importante salientar que essas técnicas e armas foram criadas ou adaptadas para o ninja shinobi, sendo originadas a partir de ferramentas camponesas e  muitas vezes incorporadas à figura do próprio, como por exemplo os hoje famosos Nunchakus, o Kunai, uma seta de ferro com grande furo na base para amarrar cordas,  Kemuridama que é conhecida como a bomba de fumaça a partir de areia, serragem e pólvora encerrados em mel de abelha, o Ashiko ou garra de escalagem e a Kusarigama ou foice de corrente de ferro.


Ninja-tō









Kunai
   









Ashiko













     
Naginata

       












Kusarigama

















Nunchakus
 













Shuriken












Kemuridama










A ideologia predominante é a vitória a qualquer custo, justa ou não. Historicamente, os samurais, que à época eram coletores de impostos  precisavam ser confrontados de algum jeito. E devido à sua disciplina e rígido código de honra, toda uma contracultura foi desenvolvida para rechaçá-los. Enquanto os samurais possuíam o Bushido , o Budo e o Go Rin No Sho (de autoria de Miyamoto Musashi) como tratados samurais, o código Shinobi foi definido em 1676 no Banseshukai englobando filosofia, estratégia militar, astrologia e as armas do que se convencionou chamar depois de Ninjutsu.


Extintos durante a restauração do Império Meiji, os samurais foram e são parte até hoje do inconsciente coletivo japonês. Seu código de honra e disciplina perduram até hoje no modo de vida daquele povo e sua derrocada se deu pela necessidade do império em tornar seu exército mais marcial, mais ocidental e voltado para a utilização das armas de fogo. Os ninjas foram utilizados até o final da Segunda Guerra Mundial como espiões do Eixo. Notadamente duraram mais por trabalharem contratados como agentes secretos a serviço do Imperador.


06/12/2013

10.000 Acessos

Agradecemos a todos que nos prestigiaram com suas visitas ao nosso Blog. No ultimo mês batemos o recorde de acessos, com mais de 1.000 acessos no mês, de diversos lugares do mundo.

Continuaremos nos esforçando para melhorar o conteúdo e contribuir, de  alguma forma, com os amantes das artes marciais.

Domo Arigatô

10,000 visitors thanks


03/12/2013

Apresentação da FACERJ AIKIDO no Salão Estadual de Turismo 2013

  Foi realizada, no dia 23 de Novembro, uma apresentação da FACERJ AIKIDO durante o Salão Estadual de Turismo 2013, em comemoração dos 440 anos da cidade de Niterói, que ocorreu na cúpula do Instituto Niemeyer.

O Salão exibiu várias atrações como os cantores João Gabriel e Geraldo Azevedo exposições de produtos, como artesanatos e comidas, festival de jazz, peças de teatro e desfiles de moda.










Gostaria de agradecer ao Sr. Marcos Pereira e a Srª. Valéria Lima da TurisRio pelo convite que nos foi feito e  parabenizar pela realização do evento.














Gostaria também de parabenizar aos participantes Shihan Paulo Henrique, Sensei Igor, Fernanda, Michelle, André, Joel e por último, mas não menos importante, agradecer ao nosso amigo Wladimir, marido da Fernanda, que nos auxiliou no montagem do espaço e cobertura fotográfica.

Abaixo seguem os videos:





19/11/2013

The Science of Aiki Part II: The Math

Dando prosseguimento à Ciência no Aikido, um estudo matemático após a abordagem física se faz importante (vide a Física do Aiki clicando aqui). Matemáticos e físicos do mundo inteiro nos dias de hoje realizam pesquisas nos mais variados campos, observando a ocorrência de um mesmo padrão: a aplicação do "Número de Fibonacci".

Tecnicamente, a sequência obedece à seguinte fórmula: ocultando-se o numeral 0, a sequência de Fibonacci começa com os termos 1 e 1 e os subsequentes são formados a partir da soma de seus dois predecessores: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, ...



Logo, a aplicação da fórmula é sem precedentes, gerando uma sequência da equação conhecida como Equação Áurea, Retângulo Áureo ou ainda Proporção Áurea: 


                                            Retângulo Áureo de Fibonacci

Conforme pode-se evidenciar na figura acima, obedecendo à Equação Áurea, temos lados de quadrados com os valores dos números da Sequência de Fibonacci, gerando uma espiral com uma constante de valor 1,618 que se repete ad eternum. A espiral pode ser interpretada fisicamente como um movimento retilíneo integrado a uma rotação. Segundo o dicionário, espiral é uma "curva aberta que descreve várias voltas em torno de um centro". Ou ainda: "curva plana cujo raio polar é uma função crescente (ou decrescente) do ângulo polar". Foram observados padrões de Fibonacci desde anatomia humana até a movimentação da Via Láctea e de um feto dentro da sua mãe, gerando uma corrente que defende que o tal número gerou uma série de Regras Fractais da Forma na Natureza. Como Biólogo, a evidência fica clara ao observar um ciclone, o tubo de uma onda na praia, a concha de moluscos gastrópodes (caramujos) e cefalópodes (Nautilus), a teia de uma aranha ou o padrão de vôo de um falcão peregrino ao se aproximar de uma presa, utilizando a Equação Áurea para melhorar o ângulo de sua visão de acordo com a espiral logarítmica.


Logotipo da Sociedade Brasileira de Matemática

Na vida cotidiana, ainda é mais fácil entrar em contato com Fibonacci: basta observar a água escoar pela banheira ou pelo ralo da pia. Aumentando o grau de atenção, temos espirais em dois sentidos, o que gera dois efeitos: a polaridade positiva das espirais de furacões levantam e puxam objetos para cima em tangência ao seu movimento de rotação, como no Big Bang. Já os redemoinhos possuem polaridade negativa, atraindo embarcações de superfície para o fundo do oceano, como em um buraco negro.Traçando um paralelo entre a Equação Áurea e a filosofia de O-Sensei Ueshiba, o ponto em comum é HARMONIA. Logo, não seria absurdo afirmar que a movimentação de Aikido pode sim obedecer a regras matemáticas e físicas de espiral logarítmica da Equação Áurea. 



Análise da Espiral de Fibonacci em Oshitaoshi em captura de vídeo




























Estudando Aikido, há evidências demais da presença da espiral em técnicas, o que gera o seguinte questionamento: se O-Sensei não estava a par da Equação Áurea, com certeza sabia da importância das espirais como o mais eficiente catalisador de recondução de energia cinética/potencial, dispersando ou concentrando a mesma. Em Aikido, há uma constante mudança em forças centrípeta e centrífuga das técnicas, geradas por uma...espiral.
Note o ghost de Tsuki Kotegaeshi em 0:40´´

Algumas técnicas visam a dispersão da energia cinética do uke e conseguinte concentração da mesma em um ponto de imobilização e/ou projeção. Outras concentram-se na canalização da energia em trajetória de colisão do ataque gerador para posterior recondução ou transformação em um escopo diferente. Analisando criticamente a dinâmica, fica claro o princípio centrípeto em algumas técnicas, e o princípio centrífugo em outras. A partir desse ponto, há uma variação fractal de contexto e adaptação das combinações harmônicas desses dois princípios teoricamente opostos. Como exemplo, o Irimi utilizando a espiral centrípeta tal qual um redemoinho onde a parte mais calma é o seu "olho".
Espirais centrípetas e centrífugas

Independente da técnica a ser escolhida para a execução, são os movimentos espirais que irão preparar o agressor para recebê-la. Esses movimentos são os melhores receptores de energia cinética/potencial do uke e o ponto de partida para o processamento e a transformação da mesma e o ponto vital para evolução a fim de se evitar a interrupção da sua trajetória.

PENSAMENTO

"The black belt is a white belt that did not quit"

12/11/2013

Morihei Ueshiba


"The strength of a man is not the courage to attack, 
but in the ability to resist attacks."

07/11/2013

04/11/2013

A História dos 47 Ronins


Este é um célebre caso que retrata de forma peculiar os extremos a que chegam os samurais para cumprir com as suas funções e obedecer rigidamente os seus princípios éticos.

Essa história ficou imortalizada; é muito conhecida pelo povo japonês. Ainda hoje é contada em diversas formas e versões, incluindo teatro, cinema, televisão, literatura e teatro de marionetes. O teatro Kabuki tem essa história como tema em uma de suas mais famosas peças, assim como o Bunraku (teatro de bonecos).

Teatro Kabuki 47 Ronins
 Resumidamente, o que aconteceu foi o seguinte: 

Em 1701, Asano Naganori, do feudo de Akô, fica encarregado de importante trabalho ordenado pelo Xogun. Para desempenhar esse trabalho, Asano fica sob as ordens de um importante funcionário do Xogun, Kira Kozukenosuke. Conta-se que algo deixou Asano profundamente ofendido com Kira, provavelmente porque este não lhe recompensara devidamente pelos seus serviços. Assim, Asano atacou Kira e o feriu, mas não chegou a matá-lo devido à intervenção de terceiros. Segundo as leis que regiam a época, era considerado grave delito contra a autoridade desembainhar a espada em recinto imperial. Assim Asano recebe do Xogun uma notificação de que ele devia praticar o harakiri, para pagar pelo seu crime. Sem questionar mais nada, o senhor de Akô pratica o seppuku.

 Diante dessa situação, os seus vassalos ficam revoltados. Inicialmente, fizeram de tudo para que o feudo de Akô não fosse confiscado, coisa que geralmente acontecia nesses casos, passando a chefia do clã ao irmão mais novo de Asano.

A história dos 47 Ronins será tema de filme
Mesmo assim, o Xogun acaba decretando o confisco das terras de Akô. Com isso, todos os vassalos de Asano tornam-se ronin (samurais sem senhor para servir, desempregados). Um grupo desses samurais, exatamente 47, jura vingar o seu senhor. A princípio usaram a tática de iludir o inimigo, fazendo de tudo para que achassem que eles não estavam nem um pouco preocupados com a tragédia, e desejavam apenas esquecer o caso e viver em paz. Assim, freqüentaram assiduamente bordéis e participaram de diversas "noitadas", regadas com muito saquê.

O ataque se realizou no dia 14 de dezembro de 1702, uma fria noite de inverno. Os 47 ronins invadiram a residência de Kira e dominaram todos os seus guardas, que haviam sido pegos de surpresa. Kira havia se escondido, em vão, em um depósito de carvão. Ele foi encontrado e morto, e sua cabeça é levada triunfalmente ao túmulo de Asano, pelos seus antigos vassalos.


Depois da vingança, os 47 ronins se entregam ao xogun. Eles ganham grande simpatia e aprovação pública, e até mesmo no xogunato surgem opiniões favoráveis à absolvição desses bravos guerreiros, pois a vingança, nesses casos, é vista como uma virtude pelos samurais. Apesar disso, haviam violado leis fundamentais do regime destinadas a manter a paz e a ordem. Poucos meses depois eles recebem a ordem de se suicidarem. Todos os 47 ronins praticam sem hesitar o seppuku, incluindo Oishi Kuranosuke, o líder da revolta e seu filho Chikara, de apenas 18 anos.






01/11/2013

The Science of Aiki Part I: The Phisics


Em referência clara ao best seller "O Tao da Física" de Fritjof Capra, no qual o físico traça um paralelo entre conceitos físicos modernos e o pensamento filosófico oriental, foi tomada a direção contrária e o Aikido será abordado em uma série de posts com um aspecto mais científico


A seara escolhida foi a Mecânica Analítica, pois seu objeto de estudo é o movimento, tanto na Dinâmica (que considera as causas do movimento) como na Cinemática (desconsiderando as causas). Levando-se em conta as grandezas Força e Energia, pode-se partir do pressuposto de que as técnicas do Aikido são uma recondução da energia cinética liberada pelo movimento de ataque do uke. Uma vez considerado isso, há uma extensa lista de detalhes para que não haja geração de força contrária à força do movimento, como postura, distância, velocidade, correta movimentação e respiração, e a não-resistência à força. É exatamente aí que entra a importância da repetição dos exercícios e das técnicas, já que os detalhes variam para os praticantes. Afinal todos possuem alturas diferentes, energia potencial diferente, energia cinética diferente, maneiras de atacar diferentes e não obstante, reações diferentes. Em seu livro, o Sensei Wagner Bull ressalta:



"Os movimentos do Aikido aproveitam a energia cinética, potencializando o efeito das técnicas quando o praticante sabe se mover corretamente, sendo esta competência um das grandes segredos do poder marcial do aikido" (BULL, W.J. Aikido: O caminho da Sabedoria - A Teoria. Pensamento, 2003. p.256)



"(...) no vazio existe energia, bem como no cheio. Quando esta se manifesta saindo da forma potencial para a cinética, provoca a polarização e daí todos os fenômenos.(...)" (BULL, W.J. Aikido: O caminho da Sabedoria - A Teoria. Pensamento, 2003. p.274)



A harmonização entre a energia da força e a sua conseguinte recondução por parte do tori / nage é a razão da filosofia de O-Sensei Morihei Ueshiba. Para um aikidoísta, aquele ponto entre ele e o atacante, aquela fração de segundo para se harmonizar com o uke é o que precisa para executar toda árvore elementar de detalhes. Mal comparando, seria como redirecionar um torpedo ou um míssil em plena trajetória, reorganizando seu trajeto e impacto. Quanto maior a força, mais fluida fica a técnica e maior é a incredulidade, já que estamos reconduzindo uma atitude hostil a bel-prazer sem força contrária. Em uma tempestade, uma palmeira não quebra simplesmente. Isso seria sucumbir à energia cinética gerada pela força da tempestade. Ela simplesmente se dobra a favor da força até um pouco antes de seu ponto de ruptura enquanto não há variação de direção-sentido da força. E após a tempestade, ela retorna ao seu ponto inicial. Ao invés de resistir à força e ao impacto, o aikidoca reconduz a energia. Não há traumas. A harmonia ocorre. O tori sabe. E, principalmente, o uke sabe.

Parte II: A Matemática do Aiki, clique aqui

Código Samurai (Samurai Code)

While you can move, trains the body.
While it will not move, train the mind.

25/10/2013

Artes Samurais prt 2

KYUDO


O arco japonês
A presença dos arcos no mundo é muito antiga. Acredita-se que desde fins da Idade da Pedra, o arco já era usado no Oriente Próximo e Médio. No Japão não foi diferente e há vestígios, de que os primeiros arcos japoneses vêm dessa época. Um exemplo é um sino de bronze encontrado em que há desenhos inscritos, datado do fim da Idade da Pedra. Por isso também é comum se dizer que o kyūdō, o caminho do arco, é a mais antiga das artes marciais tradicionais do Japão, já que arcos têm sido usados desde a Pré-História.

 
O período feudal japonês (1187-1867)
Quando Yoritomo de Minamoto deu início ao Xogunato em Kamakura (inaugurando a Era Kamakura e, com ela, o período feudal), estabeleceu também o código de comportamento e pensamento do guerreiro, pregando que através da técnica de arco-e-flecha a cavalo (kyūba) poderia se dar o desenvolvimento do espírito. Para o disciplinamento da mente e do corpo, assim como para a prática das técnicas de combate, eram realizadas cerimônias de kyūba, como a inu-ōmono, a kasagake etc.



O desenvolvimento das técnicas
A partir do Período das Duas Cortes (Nambokuchō, 1336-92) e atravessando da Era Muromati (1392-1573), houve uma inovação de estilo no que concerne às técnicas de arco-e-flecha.
Na época do Imperador Godaigo, o método de tiro transmitido pela sociedade feudal foi criado por Nagakiyo e Sadamune Ogasawara, que estabeleceram as regras de etiqueta do arqueiro a cavalo. Depois, a família Ogasawara tornou-se instrutora do xogum Tokugawa e sua família. Em termos de registro das técnicas de tiro da época, o mais detalhado é provavelmente um grande compêndio escrito por Ryōshun Imagawa.

O arco como disciplina do corpo e da mente

Já em fins da época de Ōda Nobunaga e Toyotomi Hideyoshi (séc. XVI), começaram a ser importadas armas de fogo e o arco deixou de ser usado como instrumento de guerra. Em verdade, esses dois generais foram os primeiros a utilizá-las com sucesso em uma batalha e, após isso, era questão de tempo até que o fato se consumasse: o arco foi preterido e quase esquecido por completo com a chegada das armas de fogo. Isso levou as técnicas de arco-e-flecha a se refinarem cada vez mais com o objetivo de disciplinar o corpo e a mente.


Dentro dessa nova perspectiva, um caso a se ressaltar é o dos torneios de tiro à longa distância (tōshiya), em que o alvo fica a cerca de 120m e 4,9m de altura do arqueiro. Existindo desde o séc. XII, especialmente na forma de “torneios de resistência”, ganhou popularidade por volta do séc. XVI, quando no período do xogunato Tokugawa grandes mudanças ocorreram na maneira de se encarar o arco-e-flecha, pelas razões supracitadas.

O torneio no Sanjūsangendō, em Quioto, é o maior desse tipo e ocorre desde 1165. Esses torneios duravam até um dia inteiro e cada arqueiro podia atirar centenas de flechas. Havia diferentes categorias, como a competição de doze horas, a de vinte e quatro horas, a de cem flechas e outra de mil flechas. Além disso, mulheres também podiam participar (a partir da Era Tokugawa). Em 1606, o recorde era de 51 flechas acertadas, mas, entre 1661-88, esse número chegou a recordes inimagináveis com os casos de Shigenori Kanzaemon Hoshino e de Daihachirō Wasa.



O fim do xogunato e a Restauração Meiji
Com o prosseguimento da paz na Era Edo, o aperfeiçoamento do arco-e-flecha continuava, fosse enquanto técnica militar, fosse enquanto “caminho zen”, estabelecendo-se como disciplinamento para corpo e mente; mas, como o treinamento militar do fim do feudalismo (período quando dominavam os xoguns) da Era Edo não tinha por objetivos reais a guerra, um dia tudo parou. Numa época de ocidentalização e de armas de fogo não havia mais espaço para a tradição arqueira aparentemente.
No entanto, os treinos de kyūba continuaram a ser realizados, como parte do treinamento dos graus inferiores dos soldados. Até que no ano 28 da era segunte (a Era Meiji), aconteceu, em Quioto, o I Encontro Nacional de Artes Marciais do Japão, no qual, naturalmente, também aconteceram competições de kyūdō, contribuindo para a revitalização dessa arte.
Com a ocupação americana no Pós-II Guerra, todas as artes marciais foram proibidas, contribuindo ainda mais para o declínio do kyūjutsu tradicional. Então, quando a proibição contra artes marciais acabou, o kyūdō (e não o kyūjutsu) havia se tornado uma prática comum a todo o Japão. Em 1953, a Federação Nacional de Kyūdō (ZNKR ou ANKF) foi fundada, publicando um manual com seus padrões e supervisionando o desenvolvimento de kyūdō tanto no Japão quanto em outros países.



Texto e fotos retirados da internet

24/10/2013

BLOG FACERJ VILA DA PENHA 9.000 ACESSOS

Amigos,

Quando tive a ideia de fazer um blog para nosso dojo não podia imaginar que teríamos tantos acessos, minha ideia inicial era de algo mais intimista, restrito aos praticantes de Aikido da FACERJ, mas em pouco mais de 2 anos de vida nosso blog ultrapassou 9.000 acessos.


Posteriormente, começamos a publicar nossos posts em inglês, para que internautas de outros países também pudessem compartilhar dos textos e informações contidas no nosso blog. Internautas dos Estados Unidos, Alemanha, Russia, Indonésia entre outros países também visitaram o blog da FACERJ Vila da Penha, o que nos enche de orgulho e nos incentiva a melhorar cada vez mais o conteúdo apresentado.


Gostaria de agradecer ao Sensei Igor pela confiança depositada para escrever em nome da FACERJ Vila da Penha, aos amigos Felipe, Ulysses e Diego que prestigiam o blog com suas postagens.
Mas o agradecimento especial vai para você que visita nosso blog, e que nos incentiva a melhorar nosso conteúdo.


Se você deseja fazer parte dessa família, venha fazer uma aula experimental conosco, e praticar um Aikido de Excelência Técnica e Filosófica. O dojo localiza-se na Vila da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro.

Domo Arigatô


23/10/2013

As virtudes do Yudansha



As sete pregas do hakama (5 na frente e 2 atrás) têm o seguinte significado simbólico.

1.Yuki = coragem, valor, bravura 
2.Jin = humanidade, caridade, benevolência 
3. Gi = justiça, retidão, integridade 
4. Rei = etiqueta, cortesia, civilidade 
5. Makoto = sinceridade, honestidade, realidade
6. Chugi = lealdade, fidelidade, devoção
7. Meyo = honra, reputação, glória ou reputação, dignidade, prestígio

O Real significado do Hakama não é de status mas sim de serviço aos companheiros e ao Bushido.




22/10/2013

Código Samurai (Samurai Code)

Have compassion, help your friend at every opportunity, if opportunity does not arise get out of your way to find it.